A Superliga chinesa, que dá seu pontapé inicial nesta sexta-feira com Guangzhou R&F x Hebei China Fortune, se livrou da fama de seduzir “ex-atletas em atividade” ao apostar num crescimento que a coloque em condição de rivalizar com a Europa. Os planos são os mesmos da Major League Soccer, dos Estados Unidos, com a diferença substancial na conta bancária. Afinal, em glamour e qualidade de vida, é impossível Pequim e Guangzhou competirem com Nova York ou Los Angeles.
O aporte financeiro é motivado por nome e sobrenome: Xi Jinping, presidente eleito em 2013. Ele quer revolucionar o futebol no país e transformar a China em potencial sede e campeã da Copa do Mundo. Sua principal medida foi introduzir o esporte desde cedo nas escolas – cerca de 120 técnicos estrangeiros ajudarão no desenvolvimento e capacitação de jovens chineses e professores locais.
O objetivo é ter 20 mil colégios especializados em futebol em 2017 e 50 mil em 2025, produzindo talento local para também fornecer material à seleção, um problema atual para a 96ª colocada no ranking da Fifa (o mais novo da última convocação, Wu Lei, tem 24 anos).
- Vejo o presidente do Jiangsu como um bom exemplo a ser dado em relação ao desejo de a China se tornar um polo importante no futebol. Numa das conversas que tivemos, ele falou que os chineses são apaixonados por futebol e que muitos desses investimentos estão relacionados com a vontade deles de trazer a Copa para o país. Acho que esse processo vai continuar, eles vão seguir investindo pesado, mas vejo a questão do limite de estrangeiros como algo que vai restringir um pouco. Só podem quatro jogadores de fora e um asiático em campo e isso deve conter um pouco esse ímpeto deles de contratar um pouco mais para frente – disse o volante Ramires, ex-Chelsea, contratado com Jô e Alex Teixeira para o Jiangsu Suning.
Nenhum comentário:
Postar um comentário